Sindicato realiza conferência em defesa do caráter público dos Correios nesta sexta

O SINTECT-ES realiza amanhã (24) em Vitória a Conferência Estadual em defesa dos Correios como empresa pública e de qualidade. O evento tem como objetivo discutir o momento pelo qual a empresa está passando e sua relevância para o país, passando por sua função social e as consequências de uma possível privatização, que já foi – inclusive – sinalizada diversas vezes desde que Temer assumiu a presidência.

Mesmo desmentida em todas as ocasiões, a privatização dos Correios é recorrente no debate sobre o sucateamento pelo qual a empresa tem passado. Por isso a discussão também é importante para apontar novos caminhos para a estatal em meio a um processo de corte de verbas e direitos dos trabalhadores.

convite conferência

Palestrante da noite, o mestre em geografia pela USP, Igor Venceslau, é autor de um trabalho recente sobre a importância dos Correios e o uso do território brasileiro. Segundo Venceslau, os Correios cumprem papel fundamental na garantia da soberania nacional.

Outra presença confirmada é a de Marcos Santos, secretário geral da FAMOPES, federação de movimentos populares do Espírito Santo. Marcos representará a sociedade civil organizada que também sofre com o fechamento de unidades, aumento dos preços e má qualidade dos serviços prestados. Para o presidente do SINTECT-ES, Fischer Moreira, “a ideia é que o evento seja aberto à população para que o debate seja franco e todos possam entender a importância dos Correios, inclusive pela função social que exerce”.

Lançamento da Campanha em Defesa dos Correios

A Conferência Estadual é a primeira atividade da campanha “Defender os Correios é defender o Brasil” que será lançada pelo SINTECT-ES na ocasião. A ideia é convidar a população para o debate visando defender o patrimônio público, afinal como ressalta o presidente Fischer Moreira “os Correios têm mais de 350 anos de serviços prestados ao povo brasileiro e entregar uma empresa com este tamanho e essa tradição é um equívoco que só pode partir de quem não tem compromisso, nem projeto para o Brasil”.